Obama nas alturas!
sábado, 30 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
Cronologia das denúncias advindas da operação Castelo de Areia.
Em 14 de janeiro de 2010, o STJ expediu liminar suspendendo as repercussões legais da operação Castelo de Areia da Polícia Federal alegando que aquela teria sido iniciada por denúncia anônima, o que seria inconstitucional. Dia 21 de Janeiro, a Folha publicou reportagem sobre o relatório publicando que o esquema da Camargo Côrrea para a obra da Usina de Tucuruí no Pará envolvia membros do PT e do PMDB. Dia 26 de janeiro o MP entrou com recurso.
O link abaixo é relativo à matéria da Folha mencionada acima
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u683066.shtml
Em Maio desse ano, entretanto, o conteúdo do relatório parece ter vazado para a imprensa de uma maneira “mais ostensiva.” Veja e Época publicam matérias mostrando que o esquema Camargo Corrêa também teria desdobramentos envolvendo o alto tucanato paulista. Mas a Veja direciona sua reportagem destacando contradições entre depoimentos de Paulo Vieira e o conteúdo dos relatórios da PF no sentido de enquadrá-lo como boi de piranha do esquema ao mesmo tempo que levanta a tese que o importante não é só punir os culpados mas neutralizar o aparecimento desses potenciais criadores de dossiês que costumam acontecer em anos eleitorais.
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/homem-bomba-tucano-aloysio-nunes
A revista Época, publicada pela Editora Globo, em linguagem um pouco mais assertiva que a usada pela Veja, identifica o metrô e o rodoanel como as obras paulistas que, segundo os relatórios da PF, estariam envolvidas no esquema Camargo Corrêa envolvendo membros do tucanato daquele Estado. No que diz respeito ao metrô, diz que as supeitas da PF levariam ao deputado tucano Arnaldo Madeira, ex-chefe da Casa Civil durante a gestão de Geraldo Alckmin, e a Luiz Carlos Frayze David, que fora presidente do metrô paulista de 2003 a 2007. A reportagem tenta dissociar o nome de Madeira do escândalo mas atropela cachorro morto quando se trata de David, uma vez que ele foi afastado de seu cargo por conta do acidente nas obras do metrô de Pinheiros pelo qual responde a processo indenizatório. Na reportagem de Época encontra-se uma frase no mínimo curiosa: “As obras do metrô e do Rodoanel são a vacina de Serra contra o PAC de Dilma”. Porém o rodoanel recebe verbas federais porque faz pate do PAC! Abaixo segue um link do próprio O Globo Online sobre o assunto
http://oglobo.globo.com/sp/mat/2007/01/27/287584946.asp
No que diz respeito ao rodoanel o nome da vez é o de Paulo Vieira, conhecido também como Paulo Preto. Após dar um breve histórico de sua vida e mencionar sua ligação de amizade com Aloysio Nunes, a reportagem menciona os pagamentos mensais e a exoneração de seu cargo na Dersa logo após o término das obras do rodoanel no início de Abril desse ano sem que, no entanto, se verifique qualquer justificativa oficial para o seu afastamento registrada no Diário Oficial. Aloysio Nunes dá uma declaração curiosa. Diz que “o rodoanel teve um 'aditivo' de 5% de seu valor real, um recorde para os padrões do Brasil”. Paulo Vieira, por outro lado, diz que o rodoanel é a única obra do PAC onde não houve superfaturamento. A reportagem termina com ambos negando qualquer ligação com a empreiteira Camargo Corrêa e apontando que, esta, reclama de irregularidades na investigação da PF.
Vale destacar as escolhas semânticas e a forma distinta como a revista tratou a questão do “aditivo” de 5% do Aloysio elevando-o quase a herói nacional por ter prestado tamanha contribuição ao país no que diz respeito ao combate à corrupção e como tratou Israel Guerra, o pior lobbyista da História Moderna, que foi esquartejado em praça pública por uma denúncia de que teria pedido os mesmos 5% ao ex-presidiário Rubnei Quícoli no caso de sucesso de um, já recusado, pedido de financiamento junto ao BNDES pelo qual Quícoli já teria pago a 240 mil reais à ele. Por que Israel Guerra não mereceu ser laudeado por cobrar uma comissão de sucesso de apenas 5% da propina?
A Rede Globo descaradamente tentou esconder as ligações tucanas do esquema como prova a imagem de um de seus jornais, reproduzida no infográfico do portal G1 mostrado acima que explica a evolução da operação da PF. Abafa-se o caso e eis que Dilma no debate do dia 10 traz o nome de Paulo Vieira novamente à pauta. Serra questionado sobre o assunto diz que não o conhece num dia e, em menos de 48 horas, desmente a si mesmo. Tudo por causa de uma declaração em tom de ameaça por parte de Paulo Vieira durante entrevista concedida à Folha de São Paulo nos dias que se seguiram ao debate.
Um aspecto interessante sobre esta cronologia é a forma como a imprensa, que aparentemente já tinha acesso ao relatório da PF em Janeiro, quando saiu a matéria da Folha, denunciava os desdobramentos do esquema Camargo Corrêa como restritos à esferas do PT e do PMDB, porém, na segunda semana de Maio, parece que a imprensa adquire um relatório com conclusões muito diferentes daquelas divulgadas em Janeiro pela Folha. Paulo Vieira foi demitido de seu cargo dia 9 de Abril, oito dias depois da inauguração do trecho sul do rodoanel e exonerado oficialmente dia 21 de Abril sem justificativa oficial registrada no Diário Oficial. E na matéria da Veja do dia 13 de Maio se discorre sobre potenciais criadores de dossiês.
Segue link da matéria de capa da IstoÉ publicada dia 16 de Outubro de 2010
http://www.istoe.com.br/reportagens/106182_O+PODEROSO+PAULO+PRETO+PARTE+1?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
A matéria expõe outros detalhes interessantes desse caso: Aloysio Nunes, o senador mais votado em São Paulo e amigo próximo de Paulo Vieira, teria se retirado do estúdio onde se realizava o debate assim que Dilma mencionou o nome de Paulo Vieira. Mas tem uma pergunta que a revista não faz. Já que Paulo Vieira diz que não arrecadou contribuições em nome do partido e o alto tucanato acusa o sumiço de 4 milhões de reais de seu caixa, onde foi parar esse dinheiro?
O link abaixo é relativo à matéria da Folha mencionada acima
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u683066.shtml
Em Maio desse ano, entretanto, o conteúdo do relatório parece ter vazado para a imprensa de uma maneira “mais ostensiva.” Veja e Época publicam matérias mostrando que o esquema Camargo Corrêa também teria desdobramentos envolvendo o alto tucanato paulista. Mas a Veja direciona sua reportagem destacando contradições entre depoimentos de Paulo Vieira e o conteúdo dos relatórios da PF no sentido de enquadrá-lo como boi de piranha do esquema ao mesmo tempo que levanta a tese que o importante não é só punir os culpados mas neutralizar o aparecimento desses potenciais criadores de dossiês que costumam acontecer em anos eleitorais.
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/homem-bomba-tucano-aloysio-nunes
A revista Época, publicada pela Editora Globo, em linguagem um pouco mais assertiva que a usada pela Veja, identifica o metrô e o rodoanel como as obras paulistas que, segundo os relatórios da PF, estariam envolvidas no esquema Camargo Corrêa envolvendo membros do tucanato daquele Estado. No que diz respeito ao metrô, diz que as supeitas da PF levariam ao deputado tucano Arnaldo Madeira, ex-chefe da Casa Civil durante a gestão de Geraldo Alckmin, e a Luiz Carlos Frayze David, que fora presidente do metrô paulista de 2003 a 2007. A reportagem tenta dissociar o nome de Madeira do escândalo mas atropela cachorro morto quando se trata de David, uma vez que ele foi afastado de seu cargo por conta do acidente nas obras do metrô de Pinheiros pelo qual responde a processo indenizatório. Na reportagem de Época encontra-se uma frase no mínimo curiosa: “As obras do metrô e do Rodoanel são a vacina de Serra contra o PAC de Dilma”. Porém o rodoanel recebe verbas federais porque faz pate do PAC! Abaixo segue um link do próprio O Globo Online sobre o assunto
http://oglobo.globo.com/sp/mat/2007/01/27/287584946.asp
No que diz respeito ao rodoanel o nome da vez é o de Paulo Vieira, conhecido também como Paulo Preto. Após dar um breve histórico de sua vida e mencionar sua ligação de amizade com Aloysio Nunes, a reportagem menciona os pagamentos mensais e a exoneração de seu cargo na Dersa logo após o término das obras do rodoanel no início de Abril desse ano sem que, no entanto, se verifique qualquer justificativa oficial para o seu afastamento registrada no Diário Oficial. Aloysio Nunes dá uma declaração curiosa. Diz que “o rodoanel teve um 'aditivo' de 5% de seu valor real, um recorde para os padrões do Brasil”. Paulo Vieira, por outro lado, diz que o rodoanel é a única obra do PAC onde não houve superfaturamento. A reportagem termina com ambos negando qualquer ligação com a empreiteira Camargo Corrêa e apontando que, esta, reclama de irregularidades na investigação da PF.
Vale destacar as escolhas semânticas e a forma distinta como a revista tratou a questão do “aditivo” de 5% do Aloysio elevando-o quase a herói nacional por ter prestado tamanha contribuição ao país no que diz respeito ao combate à corrupção e como tratou Israel Guerra, o pior lobbyista da História Moderna, que foi esquartejado em praça pública por uma denúncia de que teria pedido os mesmos 5% ao ex-presidiário Rubnei Quícoli no caso de sucesso de um, já recusado, pedido de financiamento junto ao BNDES pelo qual Quícoli já teria pago a 240 mil reais à ele. Por que Israel Guerra não mereceu ser laudeado por cobrar uma comissão de sucesso de apenas 5% da propina?
A Rede Globo descaradamente tentou esconder as ligações tucanas do esquema como prova a imagem de um de seus jornais, reproduzida no infográfico do portal G1 mostrado acima que explica a evolução da operação da PF. Abafa-se o caso e eis que Dilma no debate do dia 10 traz o nome de Paulo Vieira novamente à pauta. Serra questionado sobre o assunto diz que não o conhece num dia e, em menos de 48 horas, desmente a si mesmo. Tudo por causa de uma declaração em tom de ameaça por parte de Paulo Vieira durante entrevista concedida à Folha de São Paulo nos dias que se seguiram ao debate.
Um aspecto interessante sobre esta cronologia é a forma como a imprensa, que aparentemente já tinha acesso ao relatório da PF em Janeiro, quando saiu a matéria da Folha, denunciava os desdobramentos do esquema Camargo Corrêa como restritos à esferas do PT e do PMDB, porém, na segunda semana de Maio, parece que a imprensa adquire um relatório com conclusões muito diferentes daquelas divulgadas em Janeiro pela Folha. Paulo Vieira foi demitido de seu cargo dia 9 de Abril, oito dias depois da inauguração do trecho sul do rodoanel e exonerado oficialmente dia 21 de Abril sem justificativa oficial registrada no Diário Oficial. E na matéria da Veja do dia 13 de Maio se discorre sobre potenciais criadores de dossiês.
Segue link da matéria de capa da IstoÉ publicada dia 16 de Outubro de 2010
http://www.istoe.com.br/reportagens/106182_O+PODEROSO+PAULO+PRETO+PARTE+1?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
A matéria expõe outros detalhes interessantes desse caso: Aloysio Nunes, o senador mais votado em São Paulo e amigo próximo de Paulo Vieira, teria se retirado do estúdio onde se realizava o debate assim que Dilma mencionou o nome de Paulo Vieira. Mas tem uma pergunta que a revista não faz. Já que Paulo Vieira diz que não arrecadou contribuições em nome do partido e o alto tucanato acusa o sumiço de 4 milhões de reais de seu caixa, onde foi parar esse dinheiro?
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